Nubank demite 296 pessoas em reestruturação

O Nubank, assim como outras empresas de tecnologia e startups brasileiras, realizou demissões em massa como parte de um processo de reestruturação. Em um comunicado publicado nesta quarta-feira, a empresa afirmou que demitiu 296 funcionários, alegando a necessidade de centralização das operações para manter o ritmo de crescimento. Segundo o Nubank, algumas funções se tornaram redundantes, resultando nos cortes. A empresa garantiu que pagará as rescisões devidas, estenderá benefícios de saúde e oferecerá apoio na busca por novo emprego, assegurando que não haverá prejuízo nos serviços oferecidos aos clientes.

Além disso, o Nubank destacou que, no momento, não há previsão de outras reestruturações. Em outras áreas de negócios, a empresa continua contratando normalmente com base nas necessidades do negócio e no desempenho dos funcionários. Essas demissões se somam a cortes pontuais que já haviam ocorrido nos últimos meses, conforme relatos nas redes sociais. A empresa sempre afirmou que esses cortes foram feitos visando a eficiência.

O Nubank, fundado em 2013, é considerado um dos principais protagonistas do setor de tecnologia no Brasil. A startup de serviços financeiros recebeu investimentos significativos antes de abrir seu capital na Bolsa americana em 2021. No primeiro trimestre deste ano, registrou um lucro líquido ajustado de US$ 182,4 milhões, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Atualmente, possui 80 milhões de clientes e busca expandir seus serviços para a Colômbia e México.

Essas demissões em massa estão ocorrendo não apenas no Brasil, mas também em startups ao redor do mundo. O fenômeno tem sido chamado de “inverno das startups” e é atribuído a fatores como a alta nos preços globais e a desorganização da cadeia produtiva devido à guerra na Ucrânia. Investidores têm se mostrado mais cautelosos em relação a investimentos arriscados, dificultando a captação de recursos para as startups.

Empresas maiores estão sendo particularmente afetadas, uma vez que precisam preservar caixa para sobreviver em meio à queima acelerada de dinheiro na tentativa de crescimento e conquista de mercado. Outras startups brasileiras conhecidas, como iFood, Loft e diversas outras, também passaram por demissões em massa nos últimos meses.