O Canadá amanheceu nesta quarta-feira (7) com mais de 400 focos de incêndio devastando as florestas do país. A nuvem cinza resultante cobriu quase todo o território canadense e chegou a metade dos Estados Unidos, incluindo Washington. A situação representa um risco significativo para a saúde pública e pode ter consequências ambientais duradouras.
No Canadá, existem 414 focos de incêndio ativos, com 239 fora de controle. Quebec é a região mais afetada, com mais de 150 áreas em chamas. A extensão dos incêndios já ultrapassou o estado do Mato Grosso do Sul e mais de 20 mil pessoas foram deslocadas. O primeiro-ministro canadense alertou para uma possível temporada de incêndios severa neste verão.
A qualidade do ar nos Estados Unidos atingiu níveis preocupantes, com mais de 100 milhões de pessoas sob alerta devido à poluição. Aeroportos tiveram voos cancelados, escolas proibiram atividades ao ar livre e eventos esportivos foram suspensos. O governo de Nova York forneceu máscaras para a população.
As queimadas no Canadá são resultado das mudanças climáticas, que aumentam o risco de incêndios em áreas secas. A fumaça contém gases tóxicos que afetam a saúde respiratória e podem causar inflamação sistêmica e problemas cardiovasculares e neurológicos. A América do Sul possui seu próprio sistema atmosférico que pode gerar fenômenos semelhantes aos observados no Canadá e nos Estados Unidos.
Tags:Canadá, Estados Unidos, Meio Ambiente, Mudança climática Last modified: 8 de junho de 2023