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Written by 23:39 Mundo

El Niño começa oficialmente e deve ser um dos mais intensos das últimas décadas

Um El Niño antecipado já está oficialmente formado e deve afetar o clima em todo o mundo, fornecendo um pouco mais de calor para uma Terra já aquecida. A Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA) emitiu um alerta sobre a formação desse fenômeno climático, que apresenta algumas diferenças em relação aos anteriores. O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, o que influencia o clima global e afeta a temporada de furacões no Atlântico e de ciclones no Pacífico.

Neste ano, o El Niño se formou cerca de um mês mais cedo do que o habitual, o que lhe dá mais tempo para se desenvolver. Especialistas indicam que há 56% de chance de ser considerado forte e 25% de atingir proporções gigantescas. Michelle L’Heureux, cientista responsável pelo escritório de previsões climáticas El Niño/La Niña da NOAA, afirma que essa formação intensa pode levar 2023 a ser o ano mais quente já registrado, superando as temperaturas de 1998 e 2016, que foram especialmente altas.

A combinação do El Niño particularmente intenso com os efeitos acelerados do aquecimento global contribuiria para esse possível recorde. A curta distância entre dois El Niños fortes não dá às comunidades muito tempo para se recuperarem dos danos causados ​​à infraestrutura, agricultura e ecossistemas. Nos próximos meses, durante o inverno, o El Niño será mais sentido no hemisfério sul, afetando países como Brasil, Colômbia, Venezuela, Índia e Indonésia, com previsões de secas intensas.

Esse fenômeno climático tem um alto custo para a economia global. De acordo com estimativas do Banco Mundial, o El Niño de 1997 e 1998 causou prejuízos de US$ 45 bilhões (R$ 222 bilhões) nos países mais afetados.

Tags:, Last modified: 8 de junho de 2023
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