No dia 3 de julho, foi registrado o dia mais quente já registrado no planeta, com a temperatura média global atingindo 17,01°C, superando o recorde anterior de agosto de 2016.
O sul dos Estados Unidos enfrentou um domo de calor, fenômeno em que a atmosfera retém o ar quente, causando altas temperaturas. Na China, uma onda de calor persistente levou a temperaturas acima de 35°C, enquanto o norte da África registrou quase 50°C. Até mesmo a Antártida, no inverno, teve temperaturas anormalmente altas, com a base de pesquisa Vernadsky, na Argentina, quebrando seu recorde de temperatura em julho.
Os cientistas afirmam que as mudanças climáticas, combinadas com o padrão emergente de El Niño, são responsáveis por esse novo recorde. Eles alertam que isso representa uma ameaça para as pessoas e os ecossistemas. Zeke Hausfather, cientista da ONG Berkeley Earth, prevê que esse seja apenas o primeiro de uma série de novos recordes estabelecidos este ano, devido às crescentes emissões de gases de efeito estufa e ao evento El Niño em crescimento, que estão elevando as temperaturas a níveis mais altos.
Tags:Crise climática, El Niño, Meio Ambiente Last modified: 5 de julho de 2023